Sinopse:
Os X-men originais vieram do passado para
unir suas versões mais velhas no presente… mas o futuro que eles encontram pode
dividir a equipe para sempre! O futuro dos mutantes parece incerto. Após sua
espécie chegar à beira da extinção, finalmente novos Homo superior começam a
surgir, mas, com Charles Xavier morto e seus discípulos divididos em duas
facções inimigas, as coisas não vão bem para os X-Men. E, desde a inusitada
chegada da equipe original — que o Fera trouxe do passado para tentar botar um
fim no impasse atual —, a tensão entre a Escola Jean Grey para Estudos
Avançados e a nova equipe liderada por Ciclope está cada vez maior. A relação
entre os cinco integrantes originais também sofre o impacto das mudanças quando
a equipe decide, numa votação, permanecer no futuro. Como os jovens mutantes
vão encarar um futuro completamente diferente daquele que esperavam para sua
equipe? Quem liderará os mutantes para um novo amanhecer: Wolverine ou Ciclope?
Antes
de continuar, sugiro ler minha resenha anterior, Novíssimos X-men: X-Men de Ontem. Dito isso, gostaria de começar esse texto dizendo que, quando se inicia uma história, espera-se um começo próspero, um meio impactante e um fim estarrecedor. Nos quadrinhos, isso quer
dizer fazer uma história legal e coesa, com narrativa fluída, desenhos bacanas
e que consiga se sustentar nas vendas. Apenas se consegue isso mantendo o nível
da história, é claro. E após o grande início dos Novíssimos X-Men, esperava-se uma continuação a altura. Bem, conseguiram.
O
ponto mais interessante desse volume é que as brigas de ego continuam, porém, é
uma certeza que os X-men do passado ficarão no presente, então os X-Men do
presente precisam aceitar isso e aprender a lidar com eles. Os próprios X-Men
originais não concordam totalmente entre si sobre o próximo passo a ser
seguido, quebrando aquela imagem de equipe perfeita que possuíam para nos
mostrar pessoas de verdade, com qualidades e falhas – logo, mais críveis. O
diálogo com Fabulosos X-Men continua
e, ao que tudo indica, se estenderá por mais um tempo.
Essa
edição é especialmente recheada de momentos impactantes e o retorno de antigos
vilões. Como fã, adorei o momento em que o Ciclope do presente, vilanizado
pelos demais mutantes por eventos passados, surge na Escola Jean Grey e
conclama: “A mim, meus X-men.” Além disso, temos Lince Negra treinando os Novíssimos X-Men e Mística reunindo um
grupo de mutantes malignos para por um plano em prática. Tantos acontecimentos,
mas dispostos de uma forma harmoniosa: um treinamento que dá errado e termina
em discussão, uma chegada súbita, uma pausa momentânea na história. Tudo muito
bem encaixado dentro da trama, como um bom jogo de xadrez deve ser.
Outra
grande sacada é que Bendis nunca esquece os conflitos internos das personagens,
tornando-as mais palatáveis para qualquer pessoa, mais fáceis de conectar.
Ciclope não sabe mais seu papel no mundo, agora que dificilmente pode ser o
líder dos X-Men enquanto sua versão futurista está prestes a iniciar uma
guerra; Jean Grey não sabe como se sentir ou mesmo o que sentir tendo conhecimento
de todo o futuro; Anjo só quer voltar para casa e esquecer tudo o que viu; Fera
se culpa pelas más escolhas que sua contraparte azul e peluda fez; e o Homem de
Gelo parece totalmente perdido e deslumbrado em um mundo grande demais para
ele. Você compra as dores das cinco personagens porque em muito se assemelham a
problemas reais. Ponto positivo!
Nessa
edição tivemos dois artistas, o sempre competente Stuart Immonen, desenhista
oficial do título; e David Marquez, que substitui Immonen em três edições, mas
o faz de forma muito competente, apresentando nas edições seis a oito um
belíssimo traço. Ouso dizer que, tirando o horrendo penteado de Jean Grey na
final da edição oito, Marquez poderia substituir facilmente Immonen se fosse
necessário, uma vez que seu traço não é apenas bonito, como casou perfeitamente
com a proposta do título – afinal, os X-Men do passado são adolescentes, um
traço mais leve combina muito bem.
A
edição da Panini segue o mesmo padrão do volume anterior, com vários extras e
capa dura. A única coisa que realmente não gostei nesta edição foi a capa:
mostrando os X-Men dividindo a imagem com os Vingadores, posso crer que isso se
deu apenas por causa do cinema, uma vez que os Vingadores aparecem muito
rapidamente neste volume e tem pouca ou nenhuma importância para a trama. Nada
que comprometa este volume, apenas uma pequena observação de um fã chato. De
resto, basta apenas concluir que a jornada dos Novíssimos X-Men segue firme e forte em direção ao futuro e ao
terceiro volume.
Editora: Panini
Ano de Lançamento: 2016
Páginas: 132
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