quinta-feira, 27 de julho de 2017

Star Wars: Um Novo Amanhecer

de John Jackson Miller

            Sinopse: Desde os terríveis acontecimentos em STAR WARS - Episódio III: A vingança dos Sith, quando todos os Jedi foram perseguidos e condenados à morte, Kanan Jarrus tem vivido na clandestinidade, evitando criar problemas com o Império. Porém, um embate mortal entre as impiedosas forças imperiais e os revolucionários desesperados se mostra próximo demais e impossível de se ignorar. A honra e o senso de justiça do cavaleiro Jedi despertam, e ele volta à ação em uma batalha de grandes proporções contra o mal. Mas Kanan não vai lutar sozinho. Ele contará com a ajuda de aliados improváveis, incluindo a misteriosa Hera Syndulla - que parece ter suas próprias motivações. Enquanto uma crise de proporções apocalípticas surge no planeta Gorse, o grupo enfrenta as forças mais poderosas da galáxia, em defesa de um mundo e de seu povo. Nesta primeira aventura juntos, os protagonistas da série Rebels conquistam seu espaço entre os maiores heróis da série STAR WARS, rumo à luta contra o Império.

            John Jackson Miller é um autor experiente no universo de Star Wars, tendo escrito, inclusive, o famoso Kenobi. Um autor versado nesse universo, somado à história de duas personagens que adoro por conta da série Star Wars: Rebels, só poderia sair coisa boa... e fico feliz em dizer que o resultado foi mais do que satisfatório. Uma boa história para mostrar como Kanan Jarrus e Hera Syndula se conheceram.

            No livro, Hera chega a um planeta chamado Gorse, cuja lua é explorada para extração de um importante minério que o Império precisa constantemente – e que dá pistas da famosa Estrela da Morte. Lá, conhece o Kanan, o último padawan, Skelly e Zaluna, além de precisar enfrentar o terrível Conde Vidian, cujo plano ameaça todo Gorse, e a ainda-não Capitã Sloane que já havia aparecido em Marcas da Guerra (que também será resenhado no futuro).
            O livro é muito bem escrito, e tem uma pegada bem cinematográfica, com cortes de cena que lembram os cortes de cenas de filmes, muito semelhante ao já citado Marcas da Guerra. O autor não se limita a apenas explorar o que já foi estabelecido nos filmes e fazer referências, o que é muito bom. Na verdade, Kanan, Hera e Sloane são as únicas personagens que já haviam aparecido antes, contando com todo um elenco novo de personagens interessantes para enriquecer esse grande universo expandido. Considero isso um grande ponto a favor do filme: mesmo que fan service seja bacana, vide Rogue One, a história precisava ter força para seguir de forma independente, começar e terminar em si mesma – o que acontece de forma magistral.
            As personagens são todas muito boas, principalmente Kanan (que aqui finge ser um beberrão mulherengo para esconder suas origens Jedi) e Hera (em uma época pré-rebelião, mas já dando indícios do que virá no futuro). Sloane também tem uma ótima participação, e Vidian é um excelente vilão. Não é um Sith, mas é forte e intimidador de sua própria maneira, fazendo um bom contraponto com a filosofia de vida Jedi – Vidian é totalmente o oposto, física e moralmente. Talvez pudéssemos ter uma ou outra personagem mais conhecida ou mesmo citações, mas isso poderia acabar prejudicando o livro e fico feliz que o autor tenha preferido seguir outro caminho. O resultado é uma obra que se insere dentro de Star Wars, mas com sua própria liberdade.
            A edição da Editora Aleph ficou muito boa. Dei uma procurada no Google e achei uma capa da edição americana bonita, mas não tão boa quanto a brasileira, que é lindíssima, como de costume das capas da Aleph. A tradução ficou a cargo de Caco Ishak, e como a editora já trabalha com Star Wars há alguns anos, não existe nenhum erro de tradução de termos conhecidos, pelo menos não que eu tenha percebido. A edição ainda conta com imagens e páginas pretas, além de um marca-página em forma de sabre de luz (o meu veio azul), como sempre vem nos livros de Star Wars.

            Este livro é indicado tanto para fãs de Star Wars quanto para fãs de Star Wars: Rebels (alguém que, de repente, goste muito da animação, mas não tanto dos filmes, por exemplo). É uma obra que se encaixa perfeitamente no novo cânone, conta uma história muito boa e quase não tem tropeço (como não mostrar o uso de certa arma icônica, sabe... ). De qualquer forma, é um livro muito bom e recomendo a todos!


Editora: Aleph
Ano de Lançamento: 2015
Páginas: 424

Capa americana que encontrei:


Bonita, mas a da Aleph é mais, vai...

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