quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

The Ancient Magus Bride, Vol. 1


de Kore Yamazaki

            Sinopse: Chise Hattori, 15 anos. Órfã solitária, desesperançosa e sem meios para sobreviver. Em troca de uma fortuna, a jovem que não possui nada é comprada por uma criatura não-humana que convive com a eternidade e se diz mago. Quando a entidade a acolhe em sua casa como “discípula” e “noiva’’, o tempo congelado da garota começa a se mexer devagarinho... e ela está prestes a começar uma nova e estranha vida, repleta de magia, fadas e outros seres de natureza mágica.


            Conheci esta história da mesma forma que acredito que a maioria tenha conhecido: pelo anime. Primeiro foram lançados três OVAs (Original Vídeo Animation), mas esperei para ver a versão para a TV antes e não me arrependi: um conto de amor e magia sensacional embalado com cenas incríveis e uma animação soberba. Um anime tão maravilhoso, claro, só poderia vir de um mangá igualmente maravilhoso. E é isso que a Devir nos trouxe: The Ancient Magus Bride, o próximo mangá que marcará a cultura pop.
            Na trama do mangá, somos apresentados a Chise Hattori – uma órfã com grande talento mágico (ela é chamada de “Sleigh Beggy”, mas não revelarei o significado disto aqui, claro) que é comprada em um leilão por um mago monstruoso chamado Elias Ainsworth, que quer tomá-la como aprendiz e noiva, daí o título da obra. Este volume possui os cinco primeiros capítulos do mangá, introduzindo tanto Chise quanto o leitor ao mundo mágico ao qual Elias, o Mago dos Espinhos, já está muito acostumado, cheio de passagens belíssimas e um gancho no final que te deixa cheio de vontade de saber o que acontecerá em seguida.
            Gosto de pensar que a beleza do mangá está perfeitamente dividida entre desenhos e roteiro. Ambos são estupendos, vale acrescentar, mas um não se sobressai ao outro. Em uma passagem (uma das minhas favoritas da história) Chise ajuda um velho dragão a se despedir deste mundo de uma forma belíssima, o roteiro e as falas criam um sentimento tocante e profundo, enquanto os desenhos enchem seus olhos com imagens de tirar o fôlego. Sinceramente? Para mim, The Ancient Magus Bride está no nível de Fullmetal Alchemist: ambos são mangás que se encontram um degrau acima dos demais, não importa o sucesso de seus concorrentes – refiro-me a obras de peso que eu, inclusive, adoro, tais como One Piece e Naruto.
            Quanto à edição da Devir, ela pode parecer um pouco cara a princípio, mas levando em consideração o acabamento, o formato e o fato de que só pode ser comprado em lojas (vacilo, isso diminui a tiragem e torna mais difícil adquiri-lo), o preço até que está bom. A edição é a que mais se assemelha às edições tradicionais japonesas que eu já vi: possui sobrecapa, papel de qualidade e todos os extras, além de uma ótima tradução. Apesar de gostar muito do formato de “luxo” dos mangás da Panini, com capas mais resistentes e orelhas, é inegável que a Devir acertou ao trazer uma edição que praticamente espelha a edição japonesa (só não direi que são iguais porque nunca vi a versão original). Uma edição bonita para um bonito mangá.
            E, sim, usei muito o termo “belo” para este mangá, mas é a palavra que acho mais apropriada. É isso que The Ancient Magus Bride é: extremamente bonito. Tudo nele, sua história, suas ilustrações, sua edição. É aquele mangá perfeito para você ler e guardar com muito carinho para reler sempre. Estou muito animado para pegar o volume dois logo e farei resenha também. Este aqui vale à pena. Abraço!


Editora: Devir
Ano de Lançamento: 2017
Páginas: 180

PS: Que capa, amigos e amigas! Que capa!

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