domingo, 4 de março de 2018

The Ancient Magus Bride, Vol. 2


de Kore Yamazaki

            Sinopse: Enquanto buscavam solucionar um dos “três serviços” encomendados pela Igreja, Chise e Elias são atacados por uma dupla misteriosa. Qual seria o verdadeiro objetivo da ofensiva...?

            Antes de prosseguir a leitura, leia a resenha anterior: The Ancient Magus Bride, Vol.1. Agora, sim, vamos à resenha deste maravilhoso segundo volume, apesar dos erros da Devir – falarei sobre isso mais para frente, quando for falar do trabalho da editora, como de costume. Este volume avança a história, apresenta novos personagens que serão importantes para o futuro da trama e nos traz algumas das melhores histórias de The Ancient Magus Bride até o momento.
            Como é uma história que mistura romance e fantasia, The Ancient Magus Bride não apresenta grandes combates, como é típico dos mangás mais famosos na cultura pop. Até mesmo quando uma situação precisa ser resolvida de forma física, o mangá apresenta soluções rápidas e elegantes, sem jamais descambar para violência gratuita. Então, é normal que uma obra como essa tenha que se apoiar em suas personagens: se elas forem boas o suficiente e a história for bem desenvolvida, a trama irá conquistar a todos. E isso The Ancient Magus Bride tem de sobra.
            Neste volume conhecemos Ulysses, o cão negro; os feiticeiros Renfield e Alice; a gata Molly; os reis da fada, Oberon e Titania; e o temível vilão Cartaphilus, que já se apresenta como uma potencial grande ameaça para os protagonistas no futuro da obra, mesmo aparecendo pouco. E é interessante que, mesmo que os arcos sejam pequenos, a apresentação de cada personagem é satisfatória, sua passagem é marcante e há um desenvolvimento de personagem para cada um de formas diferentes. Sem esquecer, é claro, de desenvolver a história de Chise e Elias, seu relacionamento e a busca para salvar a vida da menina.
            Quanto aos novos personagens, vou exemplificar: Renfield aparece pouco, mas Elias o questiona em relação a uma determinada ferida que o feiticeiro possui. Não há respostas para isso naquele momento, mas logo em seguida, quando a dupla de feiticeiros retorna para a história em outro contexto, vamos entendendo um pouco mais sobre o que está acontecendo e tudo começa a se interligar de uma maneira muito interessante. Tudo embalado pelos belos desenhos de Yamazaki, que deram uma escorregada ou outra nas faces humanas, mas que ainda manda muitíssimo bem em animais e criaturas (o visual canino de Ulysses é lindo).
            Minhas reclamações vão para a Devir: esta edição apresentou um aumento de dois reais (indo de caríssimos 24,90 para ainda mais caros 26,90. Sorte minha ter pego uma promoção relâmpago na Amazon), então esperava algo perfeito, que justificasse o valor. Mas não foi o que aconteceu. Fisicamente, nada a reclamar, porém a edição está repleta de erros de português. Se está sem revisor, Devir, pode me contratar, mas lançar um mangá caro com tantos erros é que não pode. Fora isso, mais uma bela edição.
            A história de The Ancient Magus Bride vai progredindo com ritmo inconstante, adaptando-se: ora é lenta; ora é acelerada. Como a vida em si, porém embalada com magia, monstros e fadas, aquele tempero que torna este mangá tão gostoso de ler. Devo acrescentar que o repentino sucesso desta obra é totalmente justificável. Leia, vale muito à pena, apesar do preço. E os volumes ainda seguem fielmente o molde tradicional japonês, então, no fim, você terá uma bela coleção em sua estante.



Editora: Devir
Ano de Lançamento: 2018
Páginas: 180

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