Sinopse: Ele é conhecido por incontáveis nomes. Onde
quer que exista vida, ele e seus irmãos guiam as forças que a moldam. Ele é
Sonho dos Perpétuos e pode ser responsável pelo fim do Universo. Depois de
recorrer ao Tempo, seu pai – que lhe negou ajuda – sua última esperança está
depositada em outro familiar. Magia, alegria, guerra e mágoa entram em cena no
último capítulo da minissérie que narra o maior desafio de Morpheus antes da
série Sandman. Essa conclusão lança uma nova luz sobre os acontecimentos
mostrados no primeiro arco da série, Prelúdios e Noturnos, publicado em Sandman
Edição Definitiva Vol. 1.
E
chegamos ao fim da série Sandman:
Prelúdio, mas antes de prosseguir, recomendo que leia as resenhas
anteriores: Sandman: Prelúdio #1 e Sandman: Prelúdio #2. Ou prossiga por sua
conta e risco na resenha deste volume que encerra o começo da saga de Sonho,
terminando exatamente onde Sandman começou
em 1989. E que final, meus amigos, que final!
Quando
Sandman: Prelúdio #3 começa, você
está na escuridão junto com Sonho, e nada no universo parece fazer sentido. É o
esforço final do Perpétuo após ter sido aprisionado em um buraco negro para poder
falar diretamente com a Noite, sua própria mãe. O plano de Morpheus é reunir os
pais novamente – que claramente se amam – para que o universo volte ao normal
através dos dois. Obviamente, o plano não sai conforme o esperado. E é aí que
chegamos ao centro da teia de aranha.
Na
resenha de Sandman: Prelúdio #1,
comentei que Gaiman escreve histórias como uma teia de aranha: tramas paralelas
vão se desenvolvendo de forma independente até se unirem enfim no final. E é
neste volume que tudo se conecta e tudo faz sentido. O Gato Sonho, as aparições
de Destino, o papel de Esperança, a guerra universal. Tudo se conecta de forma magistral,
finalizando a obra e reunindo as personagens para salvar o universo dos pecados
de Sonho. Pode reparar, em praticamente qualquer história de Gaiman, que a
estrutura de teia de aranha está lá. Está em Sandman: Prelúdio, e é muito bem feito.
Ainda
vale ressaltar que o modo como o universo foi salvo já havia sido citado, de
uma forma diferente, na história Um sonho
de mil gatos, que também é citada nesta edição. Mais uma vez: para os fãs
da obra original fica um easter egg;
para os marinheiros de primeira viagem, continuem lendo a saga do Lorde
Moldador para encontrar essas pequenas referências – que serão sentidas de uma
forma diferente para aqueles que jamais leram Sandman. Um sonho de mil
gatos é a edição número 18, fica a dica.
Elogiar
o traço de J. H. Williams é chover no molhado, mas o farei assim mesmo. Não
apenas as composições dos quadros são belíssimas, como há páginas pretas para
emular determinadas condições do universo que dão uma impressão única. O
momento em que o universo é salvo, com a consequente prisão de Sonho é
simplesmente visualmente soberbo. Tudo nesse volume é lindo, mesmo quando há
apenas escuridão na história. E ainda vale ressaltar que, em como todos os
volumes, algumas páginas mostram uma legião de criaturas no mesmo local –
inclusive uma versão de Brainiac – que deve ter dado muito trabalho ao
desenhista, mas ficou bonito demais! Mesmo que você não goste de Sandman, vale a pena dar uma olhada
apenas pelas belas ilustrações, garanto.
Seguindo
o padrão das edições anteriores (dessa vez, sem “Devaneio”), o volume possui
capa dura e papel especial no miolo. Nada foi desperdiçado, todas as capas
originais e alternativas estão aqui, porém, diferentemente da capa do segundo
volume, neste foi escolhida uma das capas originais e não uma alternativa. A
capa do segundo volume é bonita, mas é alternativa, e achei a capa original mais
bonita. Enfim, mero detalhe que não faz diferença alguma. De qualquer forma, a
Panini está de parabéns com esse lançamento. No futuro, sei que a editora
lançará as edições compiladas em um único volume, mas a qualidade desses três
volumes é tal que nem acho que seja necessário comprar edições futuras. Se você
não possui esses volumes, procure pela internet e adquira, não vai se
arrepender.
E
chegamos ao fim da série de resenhas de Sandman:
Prelúdio, e o saldo final da obra é extremamente positivo. Sandman acabou em 1996; Sandman: Prelúdio, começou em 2013. Nessas
histórias, não importa quanto tempo passe de uma para outra, Gaiman mostrou que
nunca perdeu a mão com essas personagens. É sua melhor e mais famosa obra,
afinal, e creio que seja como reencontrar velhos amigos. Agora quero mais
histórias neste universo, de preferência com Daniel. E com os desenhos de J. H.
Williams III. Vamos lá, Gaiman, nunca te pedi nada!
Editora: Panini
Ano de Lançamento: 2016
Páginas: 64
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