de Frank Miller e Klaus Janson
Sinopse:
Pilar fundamental da Marvel desde 1964, o
Demolidor ganhou vida nova entre 1979-1983, sob a batuta de Frank Miller e
Klaus Janson. A reinvenção do personagem rapidamente tornou Miller um dos
maiores astros dos quadrinhos. Ele imprimiu sua marca em personagens
estabelecidos como o repórter Ben Urich, a letal Viúva-Negra, o assassino
Mercenário, o Gladiador e o monstruoso Rei do Crime , além de nos apresentar
novos rostos, como o misterioso Stick, os mortíferos ninjas do Tentáculo e o
velho amor de Matt, Elektra. Uma mistura sem igual de super-heroísmo, artes
marciais e dramas pessoais, com uma narrativa visual que revolucionou a
indústria dos quadrinhos!
Continuando
a resenhar uma das melhores séries de encadernados da Panini, farei a resenha
de Demolidor por Frank Miller e Klaus
Janson – Volume 2 (e o volume 3 virá em breve, aguardem). Este é o primeiro
volume totalmente escrito por Frank Miller, que pediu à Marvel para escrever o
título, bem como o volume que apresenta algumas das passagens mais famosas do Homem
sem Mudo – que inclusive inspirou o filme e parte da segunda temporada da
série.
Este
volume segue à risca o visual do volume original americano, com algumas
diferenças, segundo pesquisas na internet. Pelo que pude descobrir cavoucando o
Google, o volume original possui mais páginas (enquanto este é o que possui
menos páginas na versão brasileira) e a Panini colocou uma longa entrevista com
os autores no lugar de uma ou duas edições. Nada que comprometa o volume, que
ainda é lindo, todo em tons de vermelho e preto; poder ler a posição dos
autores sobre a personagem e as histórias é certamente incrível para qualquer
fã.
Esse
volume nos traz algumas participações especiais como de Luke Cage e Punho de
Ferro (os famosos Heróis de Aluguel), J. Jonah Jameson e Elektra – é neste
volume, inclusive, que começa e termina o caso de amor e ódio com Demolidor que
redefiniu a vida do Homem sem Medo, culminando num dos momentos mais
importantes da vida da assassina. Além disso, temos as participações de sempre,
como é o caso de Bem Urich, Rei do Crime, Mercenário e Foggy Nelson.
Destaco
a participação das personagens porque um herói só é tão bom quanto o mundo que
o rodeia. Quanto mais elaborada é sua cidade, quanto mais bem desenvolvidas são
as personagens secundárias, mais rico é o herói. Frank Miller entendeu isso e
deu ao Demolidor uma galeria de coadjuvantes invejável (perdendo apenas para
Batman e Homem-Aranha nesse sentido). Isso só reforça o quão bom este segundo
volume é.
Se
as histórias de Miller são das melhores, intercalando momentos de heroísmo com
julgamentos, como todas as grandes histórias do Demolidor precisam ter, não posso dizer o mesmo do traço. Veja bem, o traço
de Miller neste momento específico
não chega a ser ruim, porém não é nada que se destaque perto de outros grandes
nomes da indústria dos quadrinhos – é só mais
um traço (que eu gosto muito, apesar de sua simplicidade) enquanto o roteiro é excepcional. E é aqui que Klaus Janson entra.
A arte-final ajuda e muito na composição das revistas em quadrinhos, podendo
arruinar ou aprimorar as ilustrações originais do desenhista. E Janson é do
tipo que aprimora.
Vale
ressaltar que aqui já temos toda a carga dramática que Miller deu à personagem,
e que marcaria a vida do Homem sem Medo de tal forma que ele seria para sempre
definido por seus problemas. Ao longo dos anos, creio que todos bons os autores
que trabalharam com a personagem a partir de Miller beberam dessa fonte. Não
importa quanto Matt Murdock tente ser alegre e otimista, sua vida é recheada de
violência, morte e drama. E foi Miller quem lhe presenteou com esse martírio.
Finalizando,
este volume é mais uma obra prima na carreira de Miller e Janson e para a
própria personagem em si. Podemos dizer que os autores entenderam bem a
personagem: Demolidor é um vigilante quebrado, não apenas fisicamente, mas
emocionalmente também. Sempre a um passo de cruzar a linha da loucura, o Homem
sem Medo segue firme e forte em algumas de suas melhores histórias de todos os
tempos, verdadeiros clássicos dos quadrinhos.
PS: a Panini anunciou que reimprimirá este volume ano que vem.
Editora: Panini
Ano de Lançamento: 2015
Páginas: 276
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