Sinopse:
Um jovem e surpreendente Superman é
apresentado a uma nova geração bem aqui! Mas qual será o status quo do maior herói de todos os tempos dentro
dos Novos 52? E qual será o papel de Lois Lane, Jimmy Olsen e das diversas
outras figuras icônicas da mitologia do herói?
As respostas estão neste volume – e como é de praxe
na trajetória do Último Filho de Krypton – virão embaladas em aventuras de
tirar o fôlego contra perigosos inimigos e desafios hercúleos. E com uma certa
repórter do Planeta Diário escavando tudo o que é possível sobre o Superman,
talvez Kal-El (ou Clark Kent, se você preferir) ainda tenha de encarar o pior
de todos os seus medos: a revelação de seu maior segredo!
Como um fã
incondicional da personagem, sei que não é fácil escrever histórias para o
Superman. Seus muitos poderes, sua retidão moral impecável e a posição de
destaque no panteão dos heróis da DC Comics criam uma missão ingrata para
qualquer escritor. Como pensar em desafios para um homem capaz de voar,
levantar prédios sobre sua cabeça, lançar fogo dos olhos e cujas fraquezas são
praticamente inexistentes? Bom, George Pérez, Jesús Merino e Nicola Scott
conseguiram.
Superman: Qual é o preço do amanhã? é o volume que
compila as seis primeiras edições de Superman
pós-reboot que a editora sofreu em 2011 (o chamado Novos 52), e tem a missão de contar novas histórias do Superman em
paralelo com Action Comics (que será
resenhado em outro momento), que se propõe a contar a nova origem do Homem de
Aço. Este volume, lançado pela Editora Panini, tem capa dura, acabamento de
luxo e 148 páginas.
O enredo criado
pelo veterano George Pérez (famoso por sua passagem pelos Novos Titãs e por ter concebido Crise
nas Infinitas Terras junto com o também lendário Marv Wolfman) coloca
Superman em um tipo diferente de desafio: como enfrentar criaturas que ele não
sabe de onde vem, desconhece suas motivações e, em alguns casos, sequer
consegue vê-las ou ouvi-las? Para completar, as criaturas alienígenas usam
seres humanos como hospedeiros, dificultando a vida do herói.
Isto, claro,
abrange apenas os desafios físicos do herói (que como um Superman bem escrito,
nem sempre recorre à violência para resolver o problema), porém, a história vai
muito além de mera troca de sopapos. Os desafios de ser Clark Kent e Superman ao mesmo tempo cobram
profundamente de nosso protagonista, que constantemente deixa de lado seus
amigos e obrigações profissionais para cruzar os céus em seu uniforme azul
(aqui, uma armadura alienígena).
Quanto aos
personagens de apoio, vale destacar a presença do Planeta Diário, agora parte
de uma mega corporação: inserido diretamente na trama e contando seu recomeço
(casando com o recomeço de todo o universo em si), o Planeta Diário permeia a
história, seja através de matérias sobre o Superman, através das quais somos situados
da opinião pública e dos acontecimentos anteriores ao começo da história; seja
através de repórteres e cameramen que
interferem diretamente nos combates, ajudando ou atrapalhando o Superman.
Um ponto fraco
da trama são os vilões: genéricos, não apresentam, nada de diferente em matéria
de aparência ou poderes. Quando sua história e motivação são apresentadas, no
entanto, já perto do fim do volume, as coisas ganham contornos mais
interessantes. A história das criaturas é ligada diretamente às histórias
contadas em Action Comics,
aproximando mais as duas revistas. Os fãs da personagem só têm a se beneficiar
com isso, podendo aproveitar as duas revistas ao mesmo tempo, tendo certeza de
que ambas estão interligadas.
Quanto aos
desenhos de Jesús Merino e Nicola Scott, não há muito do que reclamar, sendo um
acerto dos editores da DC Comics terem escolhido a dupla para o reinício do
Azulão. Algumas artes são soberbas (destaque para a página 110, na qual
Superman lança sua visão de calor em direção ao leitor), ainda que nem todas as
páginas acompanhem esse padrão de qualidade. É possível notar que os artistas
se esforçaram para apresentar seu melhor, mas há certas discrepâncias de um
quadro para o outro em alguns momentos. Nada que chegue a incomodar.
Fica claro,
inclusive, que os desenhistas sentem mais facilidade de trabalhar com humanos
do que monstros, tamanha a diferença de qualidade no desenho de um e outro. Por
sorte, conseguem passar bem a diferença entre Clark Kent e sua persona superpoderosa: não apenas há a
adição dos óculos, como um penteado diferente e uma visível mudança de postura
geral da personagem. Esse Clark Kent sabe que precisa ser uma pessoa totalmente diferente do Superman.
Como destaque
especial, as capas das edições norte-americanas são feitas pelo próprio George
Pérez, e são muito bonitas!
Tanto para os
fãs de longa data do Superman, quanto para aqueles que desejam conhecê-lo, Superman: Qual é o preço do amanhã?
cumpre seu papel. Apresentando um novo Superman que se sente solitário em um
mundo repleto de pessoas, mas ninguém igual a ele, a história ainda nos mostra
vislumbres do Superman que conhecemos e que esperamos que ele venha a se tornar
um dia, seja em suas falas, seja em suas ações. Uma edição caprichada, como o
maior super-herói de todos os tempos merece.
Editora: Panini
Ano de lançamento: 2016
Páginas: 148
Muito bom, só que a fonte em italico fica um pouco ruim de ler com o fundo branco.
ResponderExcluirObrigado pela dica, pensarei em alguma alternativa ;)
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