Verossimilhança
externa, na literatura, trata dos livros que se assemelham à nossa realidade.
São livros que se propõem a emular ao máximo a vida real, sem a adição de fatos
inverossímeis.
É
importante salientar que a ficção, não importa o quanto se pareça com a realidade,
sempre estará aquém do real, abaixo do que é natural. Evidentemente, a ficção
tenta sempre se igualar à natureza, entretanto isso não é possível – e jamais
será.
Já
a verossimilhança interna trata da coerência narrativa, ou seja, pela sequência
temporal dos fatos. Esses fatos devem se suceder temporalmente, isto é: um fato
desencadeia uma ação, que leva a outra, a novos fatos, etc., até finalmente culminar
no fim da história. Quando essa sucessão se torna contraditória, a narrativa
adquire um aspecto inverossímil.
Neste
caso, é correto afirmar, por exemplo, que As
Crônicas de Gelo e Fogo é uma obra verossímil, pois possui verossimilhança
interna – ainda que nenhuma verossimilhança externa.
Há
ainda o conceito de inverossimilhança: quando um cenário aparentemente
verossímil, ou seja, que se assemelha em muito à realidade, possui a adição de
um elemento fantástico e, por tanto inverossímil (como a obra mais famosa de
Franz Kafka, A Metamorfose, por exemplo)
ou pela já citada perda de coerência narrativa.
Agora
que já sabe como funciona a verossimilhança externa e interna, pode perceber
nos livros que ler aonde se aplica a questão verossímil e até mesmo notar a
perda de verossimilhança interna, responsável por dar grande dor de cabeça a
escritores. O diabo está nos detalhes, afinal.
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